30 janeiro, 2010

Para mulheres exemplares… (Madre Teresa de Calcutá)

Tenha sempre presente que a pele se enruga,
o cabelo embranquece,
os dias se convertem em anos...
mas o que é importante
não muda.
A tua convicção e força interior
não têm idade.
Atrás de cada linha de chegada,
há uma de partida.
Atrás de cada conquista,
há um novo desafio.
Enquanto estiveres vivo,
sinta-te vivo.
Se sentes saudades do que fazias,
volta a fazê-lo.
Não vivas de fotografias amareladas.
Continua
quando todos esperam que desistas.
Não deixes que enferruje
o que existe em ti.
Quando não conseguires correr atrás dos anos,
marche.
Quando não conseguires marchar,
caminhe.
Quando não conseguires caminhar,
use uma bengala.
Mas não te detenhas...
Jamais!

Sabedoria….

Escreve as ofensas na areia e os benefícios no mármore.

" Ama-me por Amor somente "


Ama-me por amor somente.
Não digas: "Amo-a pelo seu olhar,
o seu sorriso, o modo de falar
honesto e brando. Amo-a porque se sente
minh'alma em comunhão constantemente
com a sua".
Porque pode mudar
isso tudo, em si mesmo, ao perpassar
do tempo, ou para ti unicamente.
Nem me ames pelo pranto que a bondade
de tuas mãos enxuga, pois se em mim
secar, por teu conforto, esta vontade
de chorar, teu amor pode ter fim!
Ama-me por amor do amor, e assim
me hás de querer por toda a eternidade.

Madre Teresa de Calcutá

20 janeiro, 2010

Os girassóis e nós… Pe. Fábio de Melo

Eles são submissos. Mas não há sofrimento nesta submissão. A sabedoria vegetal os conduz a uma forma de seguimento surpreendente. Fidelidade incondicional que os determina no mundo, mas sem escravizá-los.

A lógica é simples. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. É regra da vida que não passa pela força do argumento, nem tampouco no aprendizado dos livros. É força natural que conduz o caule, ordenando e determinando que a rosa realize o giro, toda vez que mudar a direção do Regente.

Estão mergulhados numa forma de saber milenar, regra que a criação fez questão de deixar na memória da espécie. Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura. Eles giram e querem o sol. Eles são girassóis.

Deles me aproximo. Penso no meu destino de ser humano. Penso no quanto eu também sou necessitado de voltar-me para uma força regente, absoluta, determinante. Preciso de Deus. Se para Ele não me volto corro o risco de me desprender de minha possibilidade de ser feliz. É Nele que meu sentido está todo contido. Ele resguarda o infinito de tudo o que ainda posso ser. Descubro maravilhado. Mas no finito que me envolve posso descobrir o desafio de antecipar no tempo, o que Nele já está realizado.

Então intuo. Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos.

Eu Dele me recebo, assim como o girassol se recebe do sol, porque não pode sobreviver sem sua luz. A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o sol potencializa.

O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso sol, e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se Nele não colocarmos a direção dos nossos olhos.

Cada vez que o nosso olhar se desvia de sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso sol, o que na verdade não passa de luz artificial.

Substituição desastrosa que chamamos de idolatria. Uma força humana colocada no lugar de Deus.

A vida é o lugar da Revelação divina. É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado. Não há nenhum problema em descobrir nas realidades humanas algumas escadarias que possam nos ajudar a chegar ao céu. Mas não podemos pensar que a escadaria é o lugar definitivo de nossa busca. Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que distribuir fragmentos de pólvora pelos cômodos de nossa morada. Um risco que não podemos correr.

Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas um condutor. É depois dele que podemos encontrar o que verdadeiramente importa. Ele, o fundamento de tudo o que nos faz ser o que somos. Ele, o Criador de toda realidade. Deus trino, onipotente, fonte de toda luz.

Sejamos como os girassóis...

Uma coisa é certa. Nós estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz.

Sejamos afeitos a este movimento místico, natural. Não prenda os seus olhos no oposto de sua felicidade. Não queira o engano dos artifícios que insistem em distrair a nossa percepção. Não podemos substituir o essencial pelo acidental. É a nossa realização que está em jogo.

Girassol só pode ser feliz se para o Sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras.

Eles já sabem, mas nós precisamos aprender.

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O peso que a gente leva… ótimo texto!

O peso que a gente leva..

Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?

As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?

Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada.

É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.

E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.

É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.

Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... Hospitais, asilos, internatos...

Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.

Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve.

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Cativa-me!

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me !

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O pequeno príncipe…

-Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.

O essencial é invisível para os olhos, repetiu o príncipezinho, a fim de se lembrar.

- Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... Repetiu o príncipezinho, a fim de se lembrar.

- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... Repetiu o príncipezinho, a fim de se lembrar.

12 janeiro, 2010

Ansiedade…

São muitos os momentos em que nos pegamos pensando no futuro do trabalho, da família e da própria vida. Não faltam preocupações para nós que vivemos no século 21, em dias tão atribulados, nervosos e violentos, em cidades grandes como São Paulo, onde o número de acontecimentos parece muito maior em comparação com qualquer outro lugar. Com tanta coisa pra pensar e tanto estresse, nosso nível de ansiedade aumenta a cada dia, fazendo-nos reféns de pensamentos e sentimentos. Porém, há quase 2000 anos, também era assim. A ansiedade tomava conta das pessoas a ponto de o mestre Jesus ter de dizer ao povo: “Não andeis ansiosos por nada” – nem pelo que vestir, comer ou beber… Nada é nada! A Bíblia nos ensina que, antes de a ansiedade chegar ao nosso coração, devemos orar a suplicar a Deus, pedindo sabedoria, proteção e consolo em dias difíceis. Porém, em meio a tudo isso, também devemos mostrar-lhe gratidão pelo livramento, cuidado e proteção que tem-nos dado! Em todos os dias haverá momentos difíceis, tensos ou de preocupações, mas Deus afirma que “os cabelos da vossa cabeça estão todos contados”, e por mais que você se preocupe, não pode acrescentar um dia sequer à própria vida! Faça como a Bíblia diz: ponha em primeiro lugar a sabedoria, o poder, a justiça e tudo que vem de Deus; e todas as coisas de que você precisa lhe serão acrescentadas.

LC

05 janeiro, 2010

Uma homenagem aos meus amigos e família…

Gente, já ia me esquecendo! Dia 20 de dezembro foi meu aniversário, um momento ao mesmo tempo difícil e feliz pra mim… mas o que tornou este dia mais especial não foi o bolo, nem os presentes… mas a presença de pessoas queridas ao meu lado! Muito obrigada a todos por existirem e fazerem parte da minha vida cada um de uma forma tão especial… familiares, amigos do trabalho, irmãos de Comunidade, ou simplesmente AMIGOS! Deus abençoe a cada um de vcs!

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Sua vida à prova de fogo…

“O fruto é a evidência

externa de uma vida

interna. As pessoas que

estão enraizadas em

Cristo

produzirão o fruto do

Espírito”.

Escolhendo segundo a vontade de Deus…

A vida é feita de escolhas. A cada dia, temos de lidar com diferentes escolhas diante das mais diversas situações: no ambiente familiar, no trabalho, nas relações ionterpessoais e até na caminhada espiritual. Tais quais sementes, as opções que fazemos hoje definem o amanhã e podem alterar o rumo de toda a vida. E, infelizmente, somos tentadas a escolher mal. Em várias ocasiões não conseguimos lidar com as vontades pessoais e passamos a achar que estamos sendo provadas ou até tentadas pelo Senhor. Confundimos tentação com provação.

Diante, por exemplo, da possibilidade de ganhos fáceis e ilícitos, a cobiça costuma falar mais alto, levando muitos a cederem ao desejo de conquistar pelo caminho mais curto.A Bíblia diz que “os que querem ficar ricos caem em tentação (…), pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1 Tm 6, 9-10). Assim, a Palavra é clara ao afirmar que cada um é tentado pelos próprios desejos ruins, pois Deus não tenta ninguém.

Quando nos deixamos seduzir por vontades contrárias à perfeita vontade de Deus, somos dominadas por elas até cedermos ao pecado. O que aconteceu com Eva pode acontecer com qualquer uma de nós. Não devemos dar ouvidos às palavras sutis do inimigo nem contemplar a tentação. Deus não mente: tudo o que Ele diz ser o melhor para nós de fato o é. Provações são circunstâncias preparadas pelo próprio Deus para experimentar-nos na fé e levar-nos a uma comunhão mais profunda com Ele. Por outro lado, tentações são estratégias do inimigo para fazer-nos pecar contra o Criador e afastar-nos de Sua presença gloriosa e da vida plena que Ele nos preparou. Estejamos sempre em oração e vigilantes para não sermos enganadas e atraídas pelas ciladas do inimigo.

(RB)

Texto extraído da agenda 2010 do Smilinguido-Editora Luz e Vida.